Essa ferramenta japonesa visa combater eventuais perdas e desperdícios nas empresas educando a população e o pessoal envolvido diretamente com o método para aprimorar e manter o Sistema de Qualidade na produção.
Dez princípios básicos da Qualidade Total
1- Satisfação dos clientes
Superar as expectativas do cliente, atendendo todos os seus requisitos.
2- Administração participativa
A organização tem que interagir a equipe e motivar para que todos participem com idéias de melhorias.
3- Competência quadro funcional
É motivar os colaboradores, como por exemplo, capacitar àqueles que são dedicados e fazer com que esses se sintam satisfeitos com o seu trabalho.
4- Liderança e constância de propósito
Deixar bem claro a missão da empresa, propósito ou principal objetivo aos seus colaboradores.
5- Melhoria Contínua.
6- Gerenciamento por processos.
Rastrear o produto durante todas as etapas do projeto.
7- Delegação.
“Dar ordens”; “tarefas”.
8- Qualidade nas informações.
Informações bem visíveis e claras.
9- Qualidade Total.
10- Não aceitação de erros.
Qualidade Total
Significa ter qualidade desde o fornecedor até o cliente e em todos os processos.
Significa ter qualidade em todos os departamentos da empresa do operacional até a direção.
Significa que a qualidade não é desenvolvida no setor de qualidade e sim é responsabilidade de todos os setores envolvidos no processo.
A qualidade total extrapola as fronteiras da empresa.
Cinco dimensões que a qualidade tem que atender:
- Qualidade intrínseca.
Aquela que o cliente suponha que realmente tenha.
- Moral dos empregados.
Empregados valorizados.
- Segurança do produto.
Segurança tanto para quem produz quanto para quem está adquire.
- Entrega.
Visar à entrega no prazo certo, produto certo, na quantidade certa e no lugar certo.
- Custo.
Custo aceitável, dentro da capacidade do cliente; acessível.
Qualidade
Para o cliente:
Consiste na capacidade de satisfazer os desejos do cliente. È uma variável subjetiva.
Para a empresa:
- É qualidade na matéria-prima e nos insumos;
- Mão de obra qualificada;
- Equipamentos que atendam as necessidades do produto;
- Estrutura apropriada;
- Resultado final do produto que atenda a satisfação do cliente.
Frases de alguns pensadores:
Pirsig (1974):
“Qualidade é variável, precisa ser mensurável (consigo medir o tamanho da qualidade do meu produto/serviço) e é oriundo dos atributos do produto”.
Wilian Denring (1900-1993):
“Melhorar a qualidade diminuirá as despesas, enquanto aumentar a produtividade da empresa e o mercado”.
Ishikawa (1915-1989)
“A qualidade é uma revolução da própria filosofia administrativa, exigindo uma mudança de qualidade em todos os níveis da organização”.
Crosby (1926-2001)
- “Qualidade é definida pela conformidade de requisitos”;
- “O sistema que leva a qualidade é a prevenção”;
- “O padrão de execução é o defeito zero”;
- “A medida da qualidade é o preço da não-conformidade”.
Ilusões para Crosby, ele não acreditava que:
- Qualidade significa luxo;
- Qualidade é algo intangível e não-mensurável;
- É impossível fazer certo na primeira vez;
- Os problemas da qualidade partem dos trabalhadores;
- Qualidade é criada pelo departamento de qualidade.
Taguchi(1924-Atual)- Engenheiro e Estatístico:
“A qualidade deve começar no projeto”.
Feigenbaum(1922-Atual);
“Qualidade é a composição total de marketing”.
Feigenbaum visava qualidade em todas as partes da empresa e buscava a qualidade total (toda a empresa participando e visando o mesmo objetivo).
Eficiência x Eficácia
Eficiência |
Eficácia |
Relacionada com os meios. | Relacionada com os fins. |
Executa com o que tem (relação entre o produto e a matéria prima (processo). | Resultado (melhora os resultados), melhor do que o esperado. |
Busca a melhor aplicação de recursos | Busca melhorar o alcance dos objetivos. |
Busca executar a tarefa de uma maneira correta. | Busca a tarefa mais importante para o resultado. |
Ex.: Jogar futebol com arte. | Ex.: Marcar gols e ganhar a partida. |
Ex.: Fazer corretamente as coisas. | Ex.: Atingir as metas. |
Falha x Defeito
Falha: É o término da capacidade de uma máquina e/ou equipamento em desempenhar a função requerida, ocasionar quebra do item e interrompe a produção, deve ser tratada como emergência (não dá para esperar).
Exemplo: Quebra do dente da engrenagem, para o funcionamento da máquina que utiliza.
Defeito: É a diminuição parcial da capacidade e/ou desempenho de uma máquina e/ou equipamento em desempenhar a sua função durante um período de tempo, quando o item deverá ser reparado ou substituído. Não provoca a quebra de máquina instantaneamente, porém deve ser sanada senão evolui para falha (quebra).
Exemplo: Queima do giroflex da empilhadeira, necessita consertar (item de segurança), porém a empilhadeira funciona normalmente. voltar
Manutenção Industrial
Do laim “Manus Tenere” (ter á mão), é toda ação capaz de manter ou restabelecer as condições necessárias para o desempenho da função requerida, seja de um equipamento, máquina, instalação predial ou sistema.
Tipos de Manutenção:
Manutenção Preventiva: Manutenção efetuada em intervalos de tempo pré determinados conforme critérios prescritos e determinados em planos de manutenção, visando reduzir e/ ou eliminar defeitos que podem levar a falhas.
Exemplos: Inspeção, Lubrificação, troca de filtros, troca por quilometragem, etc.
Manutenção Corretiva: Manutenção efetuada após a falha e/ou defeito apresentado, visa restabelecer as condições normais de funcionamento. E é classificada em dois tipos:
Manutenção Emergencial (Não Planejada): Quebra de máquina – Consertar e restabelecer funcionamento do maquinário, ação sobre a falha-interrupção na produção.
Exemplo: Falha: queima da resistência do chuveiro (água não esquenta) – Troca da resistência.
Corretiva Planejada: Planejamento para conserto do defeito possibilitando: escolher data e horário adequado (evitando interromper produção de forma inesperada), obtenção de insumos (peças e materiais) e Mão de obra necessária. Visa consertar o defeito evitando a quebra do maquinário (falha). Exemplo: Vazamento de óleo em uma caixa hidráulica: Há vazamento porém contínua fazendo sua função de emanar óleo para o sistema hidráulico, possibilitando planejar a sua parada e providenciar vedação para eliminar o vazamento, o vazamento é um defeito.
Manutenção Preditiva: Manutenção preditiva é aquela que indica as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação, dados estatísticos e probabilísticos obtidos através de monitoramento. Trata-se da manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado e que a troca deste seja feita no “tempo certo” (right time).
Ex.: Análise de Vibração (verificar desgaste em rolamento, engrenagens, etc.), Termografia em painéis e rede elétrica (ver pontos de aquecimento e evitar curti, incêndio), raio x (verificar trincas em estruturas metálicas, tubos de caldeira), análise de óleo e ferrografia (verificar condições de óleo lubrificante se contém água, oxidação, limalha de ferro, viscosidade).
Manutenção Pró-ativa: “Melhorias”, eliminar o foco de defeito e falhas através de análise de falhas. Durante a análise, o que seria um estudo, usa-se geralmente uma ferramenta de qualidade:
Exemplo: 5W + 2H (Plano de Ação).
Histórico Produção Industrial
Iniciou-se na Inglaterra no século XVIII, revolucionando o mundo de uma forma tecnológica, social e econômica. Antes, tudo era produzido de maneira artesanal, onde o próprio artesão era responsável por todas as etapas de seu produto, desde a matéria-prima até a entrega do produto final para o seu cliente. Depois pensaram em uma maneira mais produtiva dividindo as etapas da produção para várias pessoas. Por exemplo: para produzir um sapato, tinha uma pessoa responsável pela matéria-prima (couro), outra para cortar, outra para furar, outra para costurar e assim por diante. Dessa forma conseguia ter um volume maior de produção, porém ainda de uma maneira manual e não-padronizada.
Com o surgimento da primeira máquina a vapor, iniciando essa tecnologia na indústria têxtil, foi possível obter-se uma quantidade de produção em massa e produtos padronizados. Assim os donos das industriais tinham mais lucro e a economia mundial aumentou significativamente. Porém, nessa época o trabalho nas indústrias era um pouco escravo, trabalhavam homens, mulheres e crianças, a carga-horária era de até 80 horas semanais com um ganho muito baixo e os operadores eram expostos a altos riscos, pois trabalhavam nas máquinas sem nenhum tipo de proteção.
Atualmente as indústrias operam com máquinas elétricas, possuem alta tecnologia e existem leis trabalhistas que protegem os trabalhadores. A carga horária diminuiu para até 46 horas semanais, é proibido o trabalho infantil e os operários exercem sua função com a utilização de EPI’s (Equipamentos de proteção Individual) e EPC’s (Equipamentos de Proteção coletiva) para que os acidentes de trabalho sejam evitados.